Começo esse texto com a resposta, que não deixa de ser óbvia: as pessoas.
Relacionar-se e relacionar-se bem demanda termos muitas coisas em mente e; também no coração.
O não julgar, acredito, que seja uma das primeiras coisas da lista do bem conviver.
Mas em verdade, como é difícil para nós, humanos, não julgar; não é mesmo?
No meu último texto, escrevi sobre a relevância de ouvir a alma, o coração, a nossa intuição; questões mais sutis que as pessoas se afastam dia após dia; e que também são importantes neste tema do relacionar-se.
Há momentos da vida, que ter os nossos recursos internos fortalecidos; e aqui inclui-se o autoconhecimento, nos propicia ter melhores pensamentos, uma gestão emocional saudável, equilibrada, otimista, o que propiciará resultados melhores para nós e para os que conosco se relacionam e evitará desgastes e dispêndio de energia desnecessários.
Além de nos trazer mais clareza e entendimento sobre o momento vivido, separar o que é nosso e o que é do outro e bancar a nossa alma, o que verdadeiramente somos.
O bem relacionar-se demanda escuta ativa do outro que conosco interage, abertura para perspectivas diferentes das nossas, real vontade de compreender o mundo do outro e acima de tudo fraternidade.
Transcrevo aqui um pensamento que, para mim, diz muita coisa “O ser humano só evolui somando com outro ser humano. Ninguém chega ao auge sozinho. Ou chegamos em conjunto ou não chegamos. Reconhecer a qualidade do outro faz parte da irmandade”.
Precisamos forte e urgentemente da irmandade, da fraternidade no mundo e em todas as relações.
Referidas questões são relevantes para qualquer relação seja ela pessoal ou profissional, porém pontuando esta última, da pessoa, no seu respectivo papel profissional, ser acolhedora, olhar nos olhos dos que com ela se relaciona, individuar aquele ser humano quando se está à serviço, é tão ou mais relevante que a excelente técnica que esta pessoa tenha.
Trata-se de um ser prestando serviço para outro; mas principalmente de um ser cuidando de outro ser, pelo fato deste último precisar da “bagagem” do primeiro.
O comportar-se, o estar a serviço preocupando-se genuinamente com o outro é aspecto cada vez mais relevante e está no foco de atenção de vários tipos de profissão incluindo as mais pragmáticas, exatas.
As pesquisas mostram que os profissionais fracassam mais frequentemente por motivos pessoais, e inter-relacionamento e de comportamentos disfuncionais que por falta de conhecimento técnico. (Fonte:Pesquisa de McCall e Lombardo, Center for Creative Leadership- www.ccl.org).
Importante agirmos para com o outro como gostaríamos que agissem conosco.