O presente artigo representa motivo de muita felicidade para mim, vez que é o primeiro do meu blog e marca do início de uma outra etapa em minha vida, um novo ciclo, agora, como empreendedora da empresa Despertar, que acredito ajudará as pessoas a terem mais consciência e; portanto a viverem melhor e mais felizes.
Pretensão?
Arrogância?
Definitivamente não, porque a força motriz e matriz está dentro de todos nós, basta querer acessar tudo que está bem aí dentro de vocês, basta um pouco de planejamento que as coisas se tornam possíveis, aliás, totalmente possíveis.
Aproveito também para pedir desculpas pelo tamanho desse artigo. Referido tamanho, justifica-se por ser o primeiro, porque acabei por fazer um link entre minha vida profissional pregressa e a atual; além de ter muita gente para agradecer e homenagear. Prometo que os próximos serão mais enxutos!
A Despertar, por intermédio de seus facilitadores, dentre eles me incluo, será somente um meio de apoio, pois a “chave” de tudo está em vocês, queridos clientes.
Feitas essas primeiras observações, compartilho com vocês esse primeiro artigo, que é o primeiro de muitos outros, dentro de uma periodicidade que ainda não defini, pois objetivo dividir pensamentos e reflexões, que , por óbvio, não representarão verdades absolutas, mas, sim, uma forma de pensar, visando a troca e diversidade de ideias, que, a meu ver, representam a grande riqueza para a evolução. Além disso, esse artigo serve, principalmente, para aplaudir, agradecer e homenagear todos os “anjos de carne e osso”, que estão na minha vida, ajudando a fazer minha caminhada mais bonita e colorida!! São pessoas que prezo muito e que representam, de acordo com o meu olhar, um caminho luminoso que me ajudou a chegar até aqui. Talvez algumas delas nem saibam disso, porém, tomarão conhecimento agora.
Assim, inicio esse artigo com o seguinte questionamento:
Qual a medida da nossa fé nos outros?
Primeiro, antes de qualquer coisa, é importante destacar o que é fé?
No Dicionário Português: “fé é nome feminino, tendo como alguns significados:
- Crença absoluta na existência ou veracidade de certo facto, convicção íntima.
- Compromisso de fidelidade à palavra dada; lealdade.
- Confiança absoluta (em algo ou em alguém); crédito.
4.Religião: adesão aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada;
- Qualquer crença religiosa.
- Comprovação de um facto, prova”.
Ainda, de acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego “pistia”, que indica a noção de “acreditar”; no Latim “fides”, que remete a uma “atitude de fidelidade”.
No contexto religioso, a fé é considerada uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua religião. Por exemplo, quando falamos na fé cristã, fé islâmica, entre outras. A fé também é sinônimo de religião ou culto.
A fé, no sentido religioso, sempre foi algo na minha vida que gerou muita reflexão e até certa turbulência.
Por que?
Apesar de católica, por herança familiar, sempre fui aberta a todos os tipos de manifestações religiosas, pois uma das minhas características é ser curiosa, todavia no meu modo de ver e ser, a melhor definição é que estou aberta à espiritualidade.
Ainda falando a respeito da fé , a etimologia popular atribui a origem da palavra religião a “religare”, do latim: a religião religaria o homem a Deus. No latim, “religio” designava respeito pelo sagrado.
Eu prefiro estar aberta a todos os tipos de crenças, sem a necessidade de me ligar a uma só, pois não sinto necessidade de me religar ou ligar a nada, porque já estou ligada a tudo.
Enfim, sem me aprofundar, porque não é o objetivo do presente artigo, e respeitando a todas as posições/crenças/religiões, repito que sob este ângulo, aqui, busco significados para a vida por meio de conceitos que transcendem ao tangível, procurando um sentido de conexão com algo maior, não estando propriamente ligada a uma vivência religiosa e ou uma única religião. Inclusive, acredito em Ciência, pois nela se inclui a numerologia, astrologia, entre outras.
E a fé nas pessoas?
No meu caso, por muito tempo, refleti sobre a natureza humana, suas facetas e isso sempre despertou em mim grandes questionamentos, sendo objeto de discussões com muitas pessoas, entre elas meus amigos e familiares.
Aliás, muitos deles, quando lerem esse artigo, recordar-se-ão de tais momentos. Uns, inclusive, muito mais que outros, pois foram testemunhas de momentos bem conturbados na minha vida, não porque pedi, mas porque a vida se apresentou assim para mim.
A vida, em várias oportunidades, me fez sair da zona de acomodação ou conforto, como dizem, e me demandou pensar, com profundidade em muitos temas.
Esse questionamento trata de tema tão vasto, complexo e, apesar de já tão estudado por experts no mundo inteiro, podemos dizer que o “bicho homem” ainda representa muitas coisas em aberto, devido as suas várias dualidades, facetas, necessidades etc.
Certo é, para mim, que somos “luz e sombra” e todos os dias nos deparamos com o nosso lado bom e ruim, nos fazendo optar por escolhas diárias sobre qual versão/comportamento queremos e adotaremos.
Não obstante essas dualidades e as complexidades inerentes a nós, seres humanos, tive o privilégio de encontrar no meu caminho pessoas que são muito mais luz que qualquer outra coisa. Sinto-me uma privilegiada também por isso.
Aqui, farei o registro de algumas delas, especialmente porque fizeram e fazem parte fundamental da minha caminhada até eu chegar na Despertar, como propósito profissional daqui para frente; mudando toda uma história consolidada e de anos no exercício da advocacia, carreira que me fez muito feliz e fez sentido até eu resolver dar uma guinada na minha vida profissional, a alinhando com quem estou hoje, minhas necessidades, valores e missão de vida. Quanto a advocacia continuar ou não na minha vida e de qual maneira , o futuro dirá?!
Seguindo uma cronologia para falar de cada pessoa e momento da minha caminhada, ressalto que fiquei trabalhando numa multinacional de novembro de 1992 até setembro de 2016, ou seja, grande parte da vida profissional. Explico que a referida pontuação serve meramente para visualizar melhor meus movimentos, interfaces com essas pessoas especiais, bem como trazer clareza quanto aos períodos que comecei a despertar para uma nova realidade profissional.
Muitas pessoas já viveram e podem estar vivendo o mesmo que eu vivi e esse texto pode servir de alguma referência para elas.
Inicio falando de Vanessa Lisboa Pelissari. Vanessa é pessoa iluminada e todos os caminhos se abrem para ela. Somos amigas desde o início da adolescência, 12/13 anos de idade, nos conhecemos no Rio de janeiro, quando nossos pais, ambos militares de carreira, faziam um curso de aperfeiçoamento. De lá até hoje mantivemos conexão por toda a vida.
Vanessa também é uma das pessoas mais estudiosas que conheço e com uma vivência internacional espetacular. Empreendedora de sucesso, aliás, empreendedora nata!
Poderia falar páginas e páginas sobre ela e das demais pessoas que aqui vou mencionar, mas, para o presente texto, gostaria de pontuar situações particulares que mudaram a minha vida e que envolveram diretamente a Vanessa e os que falo neste artigo, pois me ajudaram a chegar até aqui.
O primeiro acontecimento no interface com a Vanessa, salvo engano, foi em agosto de 2015, momento em que eu acabava de perder o meu terceiro filho, ainda na barriga, e em seguida o meu útero, este por conta de uma hemorragia que quase me levou a vida. Essa pessoa MARAVILHOSA, ofereceu-me, sem eu nada pedir, a cessão do seu útero para gestar um filho meu. Sem adentrar nesse tema em profundidade, que dá um outro artigo e até um livro, Vanessa, naquele momento de tragédia e dor aguda, representou leveza, felicidade, um colorido e, principalmente, a constatação de que o ser humano pode ser muito belo, generoso e grandioso, como é o caso da minha amiga amada, Vanessa.
Vanessa me trouxe esperança, alegria e fé nas pessoas. Fé que já estava abalada por conta das “durezas” da vida e também pelo contexto da minha rotina profissional.
No final daquele mesmo ano, jantamos juntas em uma das vindas dela para São Paulo (Vanessa mora em Curitiba) e conversamos muito sobre vida e profissão. Lembro-me que ela olhou para mim e disse, por intuição: “porque você não migra para a área de Desenvolvimento Humano, se forma como Coach? Você tem experiência de vida, experiência profissional, sensibilidade, ótimo nível de consciência, vontade de fazer bem aos outros, inspira, gera confiança e credibilidade ?” Reservei aquele questionamento e o tempo passou.
Foi nesse momento que lembrei que havia feito um curso, dentre vários outros em minha vida, denominado “Líder Coach”, na época custeado pela minha ex empregadora, no ano de 2012, ou seja lá atrás. Lembro que referido curso ficou marcado positivamente na minha memória. O foco desse treinamento era formar e desenvolver lideranças ( o meu caso) que atuam na gestão de pessoas usando a filosofia do Coaching como base.
Hoje, vejo que isso foi o princípio de tudo, digo desse novo ciclo profissional.
Assim, não posso deixar de registrar o quanto é importante ouvirmos as pessoas que confiamos e admiramos, podendo fazer total diferença em nossas vidas, porque por vezes estamos tão condicionados a ver somente determinadas coisas e essas pessoas, por outro lado, podem enxergar com clareza as coisas que não enxergamos ou não queremos enxergar.
Nesse contexto, também compreendi que a chave para eu me abrir para outras realidades profissionais e testar outras potencialidades foi a perda, a dor. Perdi três filhos , meu pai nessa mesma época e quase faleci tentando ser mãe. Meu pai, que representava amor profundo na minha vida, condução e estruturação do que sou. Penso firmemente que sem essas passagens dolorosas e trágicas na minha vida, poderia ter sido mais uma pessoa somente voltada para a vida nuclear familiar e os seus integrantes. Essas perdas demandaram eu me reposicionar, ressignificar a minha história de vida e principalmente me voltar para o próximo no sentido de genuinamente ajudar, apoiar.
Juliane Pfeiffer, nos conhecemos há uns 20 (vinte) anos aproximadamente, ambas temos como formação base o Direito e advogamos por muitos anos. Inclusive a conheci no decorrer da minha vida corporativa. Lembro que quando “bati” os olhos na Ju, a adorei de imediato, amor a primeira vista! Coisas que não se explicam. Mantivemos contato todos os anos, trocando conhecimento e aprendendo juntas etc. Hoje, ela vive na Suíça com a família, mas entramos em contato sempre que bate a saudade ou sentimos necessidade.
Juliane chegou a ser a número 1 (Hum) do Depto Jurídico de uma grande empresa e é filha , salvo engano do primeiro ou um dos primeiros brasileiros a ser tornar presidente de uma multinacional alemã. Para quem trabalha nesse tipo de empresa assim como eu trabalhei, sabe que tal situação é rara de ocorrer, pois geralmente esse tipo de cargo é reservado para alguém da matriz , ou seja, para um alemão, tudo isso para dizer que o ambiente corporativo estava incrustado nela. Ju fez o movimento de sair da advocacia e do ambiente corporativo antes de mim, tal cenário veio primeiro na vida dela, o que gerou em mim grande curiosidade e fez com que eu fosse naturalmente acompanhando, de perto, a sua caminhada. Aliás, fantástica! Outra pessoa linda e iluminada!
Novamente, em 2015, mais precisamente em 30 de setembro de 2015, depois de muitas conversas entre nós, Juliane me apresentou um programa intitulado “Processo de Transformação”, uma espécie de “Mentoria de Vida” elaborado para mim. O fato é que eu queria fortemente enxergar tudo o que a Ju passou, viveu, “enxergar por meio dos olhos dela”, como havia deixado uma carreira de sucesso em uma área, migrando para outra bastante diferente e, ainda por cima, com um histórico familiar com pessoas firmemente arraigados no ambiente corporativo, a exemplo do pai dela, pessoa próxima e bastante presente na vida dela.
No mínimo, curioso!
Registre-se que Juliane, com toda a sua sensibilidade, percebeu muitas coisas em mim antes que eu mesma percebesse. Temos muitos pontos similares na forma de ser e entender o mundo, não sei se isso facilitou essa compreensão. A minha sensação, acredito que a dela também, é que nos conhecemos desde sempre e quem sabe de outras vidas!
Ficamos aproximadamente três meses nesse processo que mencionei acima. Foi espetacular para eu enxergar e ter consciência sobre quem eu era, o que estava fazendo e para onde eu estava indo.
Percebi que o dia a dia, o ego, a necessidade de construir a vida material me levaram para um automatismo, um enrijecimento, no sentido de endurecer mesmo, que me fez me afastar de mim mesma, de minhas reais necessidades, verdades e valores etc.
Foi nesse contexto, desse processo com Juliane, que a minha inquietação, dúvidas sobre a minha vida no mundo corporativo chegou no ápice!!!
Despertei para o fato que precisava sair do ciclo vicioso do trabalhar, comprar, da rotina a que eu estava inserida, para mergulhar na Viviane Gago, individualizar a Viviane, saber o que ela realmente queria, para onde iria, qual seria minha missão e propósito. Tem a ver com a “passagem do meio”, “metanoia” que os psicólogos dizem: mudança essencial de pensamento, transformação espiritual etc.
É neste momento que entra minha psicoterapeuta, Adriana Barra Ferreira, com quem contei antes, durante e depois do meu pedido de demissão, de uma jornada profissional que durou 24 anos. Inclusive, cabe salientar, talvez por questões da vida ou destino, nos conhecemos na festa de lançamento do livro “DEDENTRO PRAFORA”, da minha amiga Juliane Pfeiffer, SCOR Editora, 2016. Livro esse, por sinal, recomendo bastante.
Adriana, com todo o seu acolhimento e técnica, me ajudou a emergir, resgatar coisas que estavam mal compreendidas e em estado de dormência dentro de mim.
Nunca havia feito terapia na minha vida até então, mas no meu caso foi de fundamental importância para eu me resgatar, individualizar, acolher a mim mesma e a continuar a ter consistência nos meus próximos passos. Além disso, Adriana foi a “ponte” para eu chegar na Tami, de quem comentarei um pouco mais adiante.
Vejam que uma coisa leva a outra, como os pontos da vida que vão se conectando, os quais, inclusive, foram objeto de discurso de Steve Jobs em Stanford., quem não viu ainda, veja, pois é demais e acredito muito no que ele falou.
O fato é que o mosaico da vida vai se desenhando natural e verdadeiramente, no entanto, é preciso estar atento e consciente a tudo.
Meu marido, Coronel Obregon, meu amor, meu sócio de vida, meu amante e paro por aqui (risos) pois teria muito mais para falar. Pessoa pragmática por excelência e quem me apoiou sobremaneira na minha carreira como advogada. Aliás, me apoiou em todos os momentos da minha vida, como aquela frase que o padre fala no altar: na alegria, na tristeza, na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza. Pois é, meu marido é muito parceiro em tudo isso e muito mais.
Não obstante ele ter acompanhado anos a fio o meu empenho na carreira de advogada, chegou um momento que disse a ele que estava pronta para novos rumos bem como que queria testar outras potencialidades que eu tinha. Apesar de um inegável e compreensível susto, ao mesmo tempo, emergiu dele uma sensibilidade e acolhimento, que foram fundamentais para eu me permitir mudar/ajustar o rumo da minha carreira, sem me cobrar ou me preocupar dada a minha personalidade, que é dentre várias outras coisas auto-exigente e muito, muito responsável. Preciso dizer que sem esse apoio em especial, tudo ficaria bem mais difícil.
Eliane Ribeiro Gago e Telma Ribeiro Gago, irmã e mãe, que sempre se interessaram e se interessam por minha vida, acompanhando todos os meus passos, decisões e acontecimentos desde sempre. A troca afetiva, de comunicação e de vida é muito intensa entre nós. Falo delas conjuntamente, porque são semelhantes no interface com minha vida, ambas são muito atuantes e companheiras. Dedicadíssimas a mim! Posso resumir o que vou dizer sobre elas falando que sem as duas é muito difícil viver.
Assim, como meu marido, também tiveram um grande impacto ao receber a notícia de que o cenário que eu me encontrava profissionalmente não fazia mais sentido para mim, mas independentemente e me conhecendo bem, sabiam que não era algo inconsistente, sem fundamento, desta forma, apoiaram-me e torcem por mim, o que, no meu caso, é de suma importância, ter o apoio da família.
Meu irmão Francisco Gago colabora bastante na minha evolução por representar contraste na minha vida. O que significa dizer que somos tão diferentes e, pela posição que ele ocupa na minha vida, no trato com ele, obrigo-me a parar e refletir sobre formas diferentes de ser e de pensar; algo que me traz flexibilidade, respeitar o diferente e aprendizados.
Marina Gago, minha afilhada muito amada, que me ensina como aprendemos demasiadamente com a pureza, autenticidade e inteligência das crianças.
Juliana Justi, colega de anos na multinacional, dona de uma história pessoal desafiadora como a minha no quesito maternidade, sabemos bem a dor que sentimos ao perder um filho. Ótima profissional de Recursos Humanos, com quem tive a última conversa importante na empresa antes de sair dos quadros de colaboradores e, não só entendeu como natural e apoiou minha decisão de sair da empresa; como , curiosamente, apontou vários caminhos novos e viáveis para o meu futuro profissional, todavia, não necessariamente relacionados com o exercício da advocacia. Digo curiosamente, pois apesar de termos trabalhado juntas e próximas por anos, nunca tínhamos conversado tão abertamente nesse sentido. Juliana demonstrou toda a sua expertise com pessoas e sensibilidade ao ver outras potencialidades em mim que não somente o exercício da advocacia. Foi realmente uma ótima conversa!
Paulo Thomas Korte, pessoa inteligente, sensível, curiosa e amigo de muitos anos. Advogado e autor do livro “Direito, Casamento e Amor: O casamento, um caminho para encontrar o Absoluto”, Editora Noeses, 2017. Outro livro que vale a pena ler! Vejam que o que não falta é amigo escritor e de ótimos livros.
Paulo não passa despercebido, nem pelo porte, nem pela forma como se comunica. Ao sair do mundo corporativo fiquei muito contente porque tive várias propostas de novos trabalhos na advocacia, porém, em especial tive o privilégio de receber um convite do Paulo para ser sua parceira no escritório que ele capitaneia.
Confesso que, diante do convite, fiquei balançada naquele momento, mas, ao mesmo tempo, sentia e intuía que esse não era propriamente o meu caminho, apesar de tudo parecer, até então, que era.
Desafiador, tudo o que vivi e senti, pois não segui talvez o caminho mais fácil e previsível!
Paulo foi, acho que não disse isso para ele ainda pessoalmente, o divisor de águas e o meio pelo qual enxerguei claramente que a advocacia foi de fundamental importância na construção da minha vida, todavia, neste momento queria buscar novos desafios.
Com o Paulo, tive muitas conversas profundas e realistas sobre a natureza humana, pois compartilhamos esse mesmo interesse, o que contribuiu para eu pensar profundamente na proposta dele. Porém, depois de muito refletir, vi com clareza que, dada a natureza e interesses de cada um de nós; esse aspecto relacionado com a natureza humana ele a aplica na própria advocacia, em especial na área que ele atua, família, eu, ao contrário, precisei redirecionar meu caminho profissional e me focar, mergulhar de “corpo e alma” na área de Desenvolvimento Humano.
Não preciso dizer mais nada! Se deixei passar um parceiro profissional de ótima qualidade, em uma área que sou sênior e tenho vasta experiência, junto com uma estrutura já materializada, é porque as coisas dentro de mim haviam mudado substancialmente e não tinha como eu ignorar isso. Pelo contrário tinha que entender, enfrentar e procurar um novo caminho.
Carla Romar, advogada de sucesso, que ama o que faz, empolga-se com cada medida judicial e com cada recurso apresentado. Foi, no meu contato com ela, que vi que meu amor pelo Direito e pela Advocacia, decorrente da falta de confiança, velocidade e falta de qualidade do Judiciário Brasileiro, haviam, neste momento, diminuído. Posso dizer que a Carla também serviu como uma espécie de “contraste” para mim, sem ela própria saber disso ou eu dizer isso para ela claramente. Carla fez eu enxergar a realidade, o que foi precioso e de grande valia. Mulher e profissional que muito admiro, que tem uma carreira brilhante na advocacia trabalhista e na vida acadêmica na PUC/SP. Poucas vezes vi uma profissional tão apaixonada pelo que faz.
Cláudia Nassif. O que dizer da Cláudia? Uma pessoa sensível, experiente, batalhadora, que vive a vida com verdade e intensamente , ótima profissional, que me mostrou, com clareza, que estou no caminho certo. Foi minha Coach de Carreira, que me dirimiu todas as dúvidas entre o permanecer, neste momento, no Direito ou ir para a área de Desenvolvimento Humano. Serei eternamente grata pela forma, carinho, amor e delicadeza que ela conduziu o meu processo.
Cláudia me mostrou que sem dúvidas sou uma pessoa da área de Humanas e, ajustando o foco e rumo, serei dentro dessa nova área tão ou mais feliz e completa.
Um fato que me traz tranquilidade é que as formações profissionais que tive (Direito e Coaching) podem ser trabalhadas de forma complementar, pois ambas buscam, cada uma de sua maneira, trazer uma vida mais harmoniosa as pessoas, ou seja, trazer o bem aos outros: o bem viver.
Rhandy Di Stéfano e Fatima Abate, meus professores, formadores em Coaching e sócios fundadores do ICI ( Integrated Coaching Institute), minha escola. Local onde fiz todos os meus cursos de formação e complementares! Tudo que diziam era “música para meus ouvidos” e me dava a certeza que esse era o meu caminho.
Interessante abrir um espaço para dizer que tive um sonho antes de me matricular na escola ICI, no qual eu e minha irmã Eliane, estávamos caminhando por um vilarejo, onde havia um homem e uma mulher preparando chás. Ele da Bahia, mais doce e humano, e ela do Sri Lanka, mais pragmática. Interessante se faz observar que o Sri Lanka (Ceilão) produz os melhores chás do mundo. No sonho, essas duas pessoas (casal) me ofereceram dois tipos de chás: um quente e o outro gelado, um com leite e o outro sem. Enfim, só para dizer que ambos, para mim, eram como “néctar dos deuses”. Amei ambos os chás, apesar de muito diferentes e, ao final, ainda me ensinaram como os preparavam e me deram de presente vários utensílios para prepará-los sozinha. Depois que saímos da aldeia (vilarejo) com os presentes, lembro-me que pegava parte dos utensílios e dava de presente para minha irmã de modo que ela também pudesse preparar os maravilhosos chás para ela.
Segundo uma visão de Carl Gustav Jung e da Adriana, minha psicoterapeuta, sobre esse sonho, os diferentes tipos de chás podem estar representados nos meus diferentes aprendizados sobre as modalidades de Coaching que me certifiquei, bem como os meus professores acima mencionados, podem estar representados pelos personagens do sonho, apesar de na realidade fisicamente em nada se parecerem.
O ponto curioso é que, na minha percepção, Rhandy é pragmático e Fátima um pouco menos, ele é americano e ela brasileira. Poderiam eles, quem sabe, estar representados pela mulher e homem do sonho? Analogicamente, eles me ensinaram sobre Coaching, cada qual com suas posturas e particularidades, ainda, me ensinaram várias ferramentas para trabalhar sozinha e independente.
O sonho relacionado com a realidade ou não, o fato é que a vida muitas vezes é mágica!
Por fim e não menos importante Eduardo Kuntz, um jovem amigo e brilhante advogado, cheio de energia; quem me acolheu e me ajudou inicialmente com a estrutura para eu atender meus clientes, dentre eles , ele próprio.
Ainda construindo meu caminho e sem ter uma estrutura física , Edu, como eu o chamo, estendeu-me a mão, sem titubear e me concedeu espaço, aliás um lindo espaço para atender meus clientes de maneira apropriada.
Mais uma pessoa do bem, fazendo a diferença no meu caminho. Quem tem bons amigos, realmente tem tudo!
Por fim e não menos importante, pois a Despertar, hoje, é o meu presente, quero falar de pessoas que foram determinantes na construção da empresa.
Tami Arita, uma verdadeira artista, dotada de sensibilidade e seriedade ímpares, responsável pela criação da marca da Despertar.
Tami colheu informações da minha vida, capturou sinais visíveis e outros nem tanto e fez emergir a marca Despertar com todas as suas cores e formas, resultado que adorei! Viramos amigas!
Anna Carolina Gorski, excelente profissional na área de comunicação, pesquisa e marketing, que me ajudou a mapear o mercado de Desenvolvimento Humano e agregou muito valor na criação das ideias e voz que seriam dadas a esse empreendimento .
Nathalie Berland, construiu o site e blog da Despertar com maestria, objetividade e agregando valor.
Três profissionais de primeira grandeza, que ajudaram a maternar e fazer nascer a Despertar.
Quero falar também dos meus parceiros:
Maria Cristina de Carvalho Saraiva, Psicoterapeuta e Coach, com anos de experiência.
Faço aqui um outro parêntese para registrar a forma inusitada como nos conhecemos. Eu viajava muito a trabalho e foi em uma dessas viagens, mais especificamente em um vôo de trabalho (no meu caso) que nos conhecemos. Confesso que não me recordo o destino desse referido voo, por outro lado recordo-me claramente do meu fascínio pela nossa conversa, que nunca mais esqueci, pois isso ocorreu lá pelos anos de 2009/2010, ou seja, alguns anos atrás. Vejam, que coisa boa agente não se esquece! Nunca mais nos desconectamos, mantivemos contato durante todos estes anos, voltando a nos reencontrar, pessoalmente, aqui em São Paulo uns oito anos depois. Coisas da vida! Quando nos vimos, não tive quaisquer dúvidas, que deveríamos ser parceiras nesse meu novo ciclo, porque Maria Cristina, sem dúvidas, tem muito a agregar para as pessoas.
Ricardo Alberto Czapski e Glaucia Milani, excelentes profissionais, sócios da WFLOW- Wealth Flow Advisors, que conheci na minha fase pós empresa, mais precisamente na LHH (Lee Hecht Harrison), empresa focada em Outplacement, que a minha antiga empregadora me honrou e possibilitou conhecer. Ricardo e Glaucia me acolheram como ninguém quando fui apresentar meu projeto, a Despertar, e o meu convite de parceria.
Nunca me esquecerei disso!
Tudo aconteceu com fluidez, leveza e simplicidade, como entendo que as coisas devam ser.
Sara Külzer, mulher inteligente, com ótima formação e, além de tudo, linda! Eu a conheci na multinacional que trabalhava e tivemos uma ligação natural, outra daquelas situações que não se explica, só se sente. Sara também deu uma guinada na carreira dela, sendo uma excelente consultora de estilo e imagem, que eu recomendo de “olhos fechados e sem medo de errar”.
Felipe Maia Uyeda, o mais jovem dos meus parceiros, trata-se de rapaz inteligente, empático e ótimo profissional na área esportiva.
A todos vocês, meu MUITO OBRIGADA por ajudar na minha caminhada de maneira tão diferenciada e especial!
AMO TODOS VOCÊS!
Voltando na pergunta inicial desse artigo: Qual a medida da nossa fé nas pessoas?
A minha em particular é total !!!!!!
Como não pensar assim, face a eu ter a oportunidade de encontrar tantas pessoas maravilhosas como estas, que tive a felicidade de conhecer, conviver, aprender e que só me fizeram o bem, me acolheram, me compreenderam….
Não acaba aqui, ainda teriam muitas e muitas pessoas para discorrer a respeito, mas que não seria pertinente nesse artigo, indubitavelmente será em um outro.
Com isso tudo, posso dizer, sem medo de errar, que existem sim anjos de “carne e osso” e que fazem toda a diferença em nossas vidas.
Para as pessoas tudo é possível, basta querer, planejar e fazer!
Meu objetivo?
Facilitar e apoiar com técnica , amor, delicadeza, respeito, confiança, sigilo e responsabilidade lindos Processos para todos aqueles que possuem verdadeiro desejo de autoconhecimento, mudança e se propõem a descobrir em si, novas potencialidades, formas de pensar, agir para construir o futuro que desejam alinhados com que realmente são.
Desperte o que há de melhor em você!!!